sexta-feira, 8 de maio de 2015

A pedra









Olha ele lá!
O cara das peripécias,
Parece calado, parece gritar,
Parece ter um  amor indizível pelo planeta,
Seus olhos parecem congelar e trincar de tão frios que ficam quando miram a menina dos olhos furtivos da sociedade seca e crespa.

Pedra, pena, Pedro!
Pode penar Pedro de pedra!
Pode petrificar o mundo imundo, Pedro!

E lá está!
Ele, forrando seus ouvidos com boa e confortável música,
vestindo seus olhos que a poucas horas eram nus, com tênue palavras de um alfarrábio, não qualquer...

Apagaram-se as luzes, parece que Pedra, Pedro, quer repousar,
Seu corpo magro e esguio parece acamar sob dentes de leão,
Seu olhos lagrimejados e ardidos parecem lutar contra a sonolência física,
O cérebro não quer parar,
As razões pelas quais ele veio ao mundo parecem ainda não terem sido esclarecidas,
Numa noite amarrada a outra, ele parece querer resolver as adversidades do mundo, como um cálculo quase impossível de se desenrolar...

Olha ele lá!

Nem sonhar ele pode!
A pedra pesada, pesara-se sobre Pedro
Pedro não é de Pedra,
Mas a pedra é de Pedro!




Lorena. C. S. Santos



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